7.o relatório drupa Global Trends: a indústria da impressão no geral enfrenta desafios económicos e ambientais

O 7.º relatório drupa Global Trends será publicado em abril de 2020. Os resultados, provenientes de um estudo realizado antes da epidemia do coronavírus e antes da mudança da drupa para abril de 2021, retratam uma imagem global da indústria que era fundamentalmente otimista, sem deixar de refletir as condições económicas globais mais exigentes. A embalagem e a impressão funcional tendem a estar melhor posicionadas no mercado do que as publicações e impressão comercial. A América do Norte permanece dinâmica, enquanto a confiança na Europa e em todas as outras regiões está em declínio. As economias em desenvolvimento e emergentes são contidas por preocupações com a instabilidade política e a corrupção, enquanto as nações industrializadas estão particularmente preocupadas com uma inevitável desaceleração cíclica. Mesmo que as margens de lucro estejam sob pressão constante, as empresas mais bem posicionadas podem combater isso cada vez mais com inovações contínuas. Os planos de investimento dos fornecedores de serviços de impressão e dos fabricantes de máquinas são, portanto, mantidos para os mesmos se manterem competitivos.

Estas conclusões resultam das respostas ao 7.º inquérito anual enviado no último outono ao Painel Especializado drupa, constituído por decisores seniores recrutados entre gráficas e expositores na drupa 2016, e realizado pela Printfuture (Reino Unido) e pela Wissler & Partner (Suíça). Teve a participação de quase 600 gráficas e quase 200 fornecedores, com todas as regiões bem representadas.

De um modo geral, mais 17% das gráficas descreveram a situação económica da respetiva empresa como “boa” comparativamente às que a descreveram como “fraca”. No caso dos fabricantes de máquinas e dos subfornecedores, o saldo positivo líquido foi ainda mais forte, com +32%. No entanto, existe uma tendência evidente, com os índices de confiança a atingirem o seu pico em 2017, após uma longa e lenta recuperação que se seguiu à recessão de 2007/8, e o desenvolvimento de uma abordagem mais cautelosa desde essa altura.

Como sempre, as condições gerais dos mercados individuais e das diferentes regiões diferem bastante. O mercado de embalagens é o mais bem sucedido, seguido pelo da impressão funcional, comercial e editorial, na ordem mencionada. De fato, é cada vez maior o número de gráficas do ramo comercial e editorial a tentarem diversificar as suas operações para os outros dois mercados. As medidas financeiras confirmam estas tendências com a luta pelas margens de lucro em todos os setores de mercado. O declínio, no entanto, pode ser verificado mais nitidamente na impressão editorial.

A América do Norte permaneceu um mercado dinâmico desde que as pesquisas drupa Global Trends do setor começaram em 2013. A confiança na Europa aumentou até 2018, mas diminuiu desde então, com um declínio a ser registado em todas as outras regiões. Os resultados dos fabricantes de máquinas/ fornecedores refletem os resultados dos seus clientes, tanto a nível regional como por mercado; apesar de, em muitos casos, terem a vantagem de prestarem serviços a um leque mais alargado de mercados e regiões.

“Durante vários anos, as gráficas responderam à constante pressão sobre as margens com maiores receitas e mantendo os custos a um valor mínimo.” Sabine Geldermann, Diretora da drupa e Global Head Print Technologies na Messe Düsseldorf, comentou: “Torna-se cada vez mais evidente que, apesar de se manterem as medidas para a redução de custos, as gráficas começam a reconhecer a necessidade de inovar – através do lançamento de novos produtos e serviços nos mercados atuais ou com a entrada em novos mercados.”

Logo, os planos de investimento continuam fortes, com um maior número de gráficas em todas as regiões a indicar que irão aumentar o investimento de capital no próximo ano, contrariamente às que indicam que irão diminuir. Mais uma vez, o balanço das que iam aumentar o investimento por mercado foi positivo para todos, mas mais expressivo no setor da embalagem do que no setor funcional, comercial e, por fim, editorial.

A maior parte do investimento vai para o acabamento, seguida pela tecnologia de impressão e gestão de pré-impressão / fluxo de trabalho / gestão da impressão. Embora os projetos de investimento individuais no segmento do acabamento sejam muito diversos, conclusões mais específicas podem ser feitas na área de tecnologia de impressão. A mais popular é a impressão digital em cores baseada em toner com alimentação de uma única folha, seguida pela impressão offset em folhas, embora haja flutuações significativas entre os diferentes mercados.

Richard Gray, Diretor de Operações na Printfuture, afirmou: “Pela primeira vez, fizemos perguntas especificas sobre as pressões socioeconómicas mais latas e foi possível verificar dois padrões claros a nível global. No caso das regiões desenvolvidas, o foco estava na preocupação relativamente ao risco, ou à realidade, de uma recessão económica no país ou na região, seguido pela preocupação relativamente às guerras comerciais globais e ao impacto do aquecimento global/pressões ambientais. Para as regiões em desenvolvimento, dominaram os problemas da corrupção e da instabilidade política na origem de uma recessão económica. Agora, é claro, também há o efeito desencadeado pelo coronavírus. No entanto, isso ainda não está coberto pelo relatório "

A indústria fez face à última recessão severa e irá dar uma resposta à altura a um abrandamento global a menos que seja exacerbado pelos efeitos do coronavirus. Hoje, a diferença crucial e benéfico é que, na maioria dos mercados, a indústria adaptou os seus modelos comerciais ao desafios das comunicações digitais. O investimento é a chave para se manter na linha da frente.

Infografia e obtenção dos relatórios completos

A infografia com as principais conclusões está anexada a este relatório de imprensa. O relatório completo em inglês será publicado no final de abril e disponibilizado para venda em www.drupa.com. A síntese estará disponível gratuitamente em alemão, inglês, francês, português, espanhol, russo e chinês.
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